Bispo de Coimbra apresentou Plano Pastoral Diocesano nas Jornadas do Clero

05-08-2010 20:14

“Repensar a Pastoral da Igreja em Portugal” foi o tema central das Jornadas Pastorais, dirigidas aos sacerdotes e diáconos da Diocese de Coimbra, que decorreram na Casa da Sagrada Família, na Praia de Mira, divididas por dois turnos: o primeiro de 15 a 17 de Setembro, e o segundo de 20 a 22 de Setembro.
Estas jornadas de reflexão, participadas pela maioria dos presbíteros da diocese, tiveram como oradores Dr. Juan Ambrósio, da Universidade Católica Portuguesa; D. Manuel Pelino, Bispo de Santarém e o Cónego Dr. Carlos Pães, sendo encerradas, dia 22, por D. Albino Cleto, Bispo de Coimbra.
Tendo como pano de fundo as notas da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), também as Jornadas do Clero de Coimbra exortaram no sentido de “todos centrarem a sua atenção no ‘discernimento pastoral’, na procura dos sinais de Deus na sociedade, nos desafios que se levantam à missão da Igreja”, isto é, procurar “tirar conclusões práticas para a acção pastoral eclesial”.
Comungando dos propósitos e conclusões da CEP, o Bispo de Coimbra mostra-se convicto ser possível “chegar à consciência clara do que realmente move a Igreja na acção pastoral e à convicção de que sem uma confiança firme e a comunhão profunda com Cristo e em Cristo nada se pode fazer (cf. Jo 15,5); discernir os sinais de Deus na sociedade actual, como apelos e luz que permite à Igreja vislumbrar o horizonte para o qual se deve orientar; identificar e acolher a ajuda actual de Deus, com a qual abre à Igreja novos caminhos ou possibilidades inovadoras em ordem à sua missão pastoral”. Para procurar atingir estes objectivos, explicou, deve haver um plano de acção “em comunhão e colaboração com os múltiplos agentes pastorais (sacerdotes, religiosos, movimentos, leigos, associações de fiéis e outras obras eclesiais).

“Sereis minhas testemunhas”

“Fazer de todo o cristão um apóstolo” é o grande objectivo do Plano Pastoral Diocesano para 2010/2011, apresentado e explicado por D. Albino Cleto, nestas Jornadas Pastorais, nele afirmando: “por isso tornou-se claro ser conveniente programar acções que ajudem os fiéis “a sentir que a prática da sua fé e o seu amor a Cristo implicam que ele seja um apóstolo”.
Reconhecendo que “parecem ter sido raras e pouco frutuosas as diligências em ordem a trazer novos líderes para a acção apostólica de movimentos e serviços”, D. Albino identifica, no Plano, que “a causa estará em que os fiéis praticantes não têm consciência da tarefa baptismal e comunitária que lhes incumbe”. E escreve: “Por isso é para eles que se orienta o Programa deste ano. Sem nos fecharmos em nós próprios e conscientes de que nos faltam animadores, sobretudo jovens e pessoas adultas, vamos ajudar-nos mutuamente a ouvir como ditas para nós, neste tempo em que vivemos, as palavras de Jesus: “Sereis minhas testemunhas”. “Consequentemente, todos serão sujeito e destinatário desta palavra evangélica, os jovens e as crianças, os adultos e os idosos, os letrados e os simples, os leigos e também os sacerdotes e consagrados”, regista o prelado.
Nos diálogos que fundamentaram este Programa, D. Albino realça que “tornou-se evidente que importa preparar e lançar apóstolos em algumas áreas da vida em que urge tornar presente a luz e o sol do Evangelho. São elas: A família, A juventude, A escola, A catequese, A animação das pequenas comunidades paroquiais”.
Centrando o Programa Pastoral no tema “Sereis minhas testemunhas”, o prelado enumera as acções a realizar em âmbito diocesano para atingir os objectivos preconizados. Além de se “ler em todos os grupos apostólicos e partilhar em reflexão, ao longo do ano, as intervenções do Santo Padre - Homilia na Celebração Eucarística em Lisboa, Discurso aos Bispos de Portugal, Homilia na Celebração Eucarística no Porto - e divulgar o “Instrumento de trabalho” apresentado pela Conferência Episcopal em ordem a “Repensar juntos a Pastoral da Igreja em Portugal”, deve-se “constituir em todos os Arciprestados (ou Unidades Pastorais equivalentes) um grupo de reflexão e promoção pastoral, formado por pastores, consagrados e leigos, que responda aos dinamismos propostos neste Programa Pastoral 2010-2011”.