Catequese

«A acção catequética da família tem um carácter particular e, em certo sentido, insubstituível, (...) A educação para a fé, feita pelos pais -a começar desde a mais tenra idade das crianças - já se realiza quando:

— os membros de determinada família ajudam-se uns aos outros a crescer na fé, graças ao próprio testemunho de vida cristã ...

— torna-se ainda mais marcante quando, ao ritmo dos acontecimentos familiares - como por exemplo a recepção dos Sacramentos, a celebração de grandes festas litúrgicas, o nascimento de um filho, um luto - se tem o cuidado de explicar em família o conteúdo cristão ou religioso de tais acontecimentos, importa porem, ir ainda mais longe:

— os mais cristãos hão-de esforçar-se por prosseguir e retomar no ambiente familiar, a formação mais metódica que é recebida noutras partes, só o facto de determinadas verdade sobre os principais problemas da fé e da vida cristã serem retomadas num quadro familiar, impregnado de amor e de respeito, fará muitas vezes que elas marquem as crianças de maneira decisiva para toda a vida. (...)»CT68

 

A família, como «lugar» de catequese, tem uma prerrogativa única: transmite o Evangelho, integrando-o no contexto de profundos valores humanos. Com esta base humana, é mais profunda a iniciação na vida cristã: o despertar para o sentido de Deus, os primeiros passos na oração, a educação da consciência moral e a formação do sentido cristão do amor humano, concebido como reflexo do amor de Deus Criador e Pai. Em resumo: trata-se de uma educação cristã mais testemunhada do que ensinada, mais ocasional do que sistemática, mais permanente e quotidiana do que estruturada em períodos. Nesta catequese familiar, torna-se cada vez mais importante a contribuição dos avós. A sua sabedoria e o seu sentido religioso são muitas vezes decisivos para favorecer um clima realmente cristão. DGC 255